Amor Radical

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Atualmente vivemos em um tempo de relacionamentos superficiais. Somos capazes de ter milhares de amigos nas redes sociais e centenas de contatos salvos no celular, mas poucas são as pessoas com as quais podemos partilhar aquilo que está no nosso íntimo, que alegra ou entristece os nossos corações. Uma das maiores desculpas da sociedade pós-moderna é a falta de tempo ou, no dito popular brasileiro, a “correria”. Estamos sempre correndo, embora muitas vezes não saibamos para onde ou por quê.

Essa falta de tempo, no entanto, não se resume apenas aos relacionamentos com a família ou amigos, mas também – e principalmente – com Deus. As prioridades parecem estar invertidas nos dias de hoje e a oração, por exemplo, ocupa um lugar no final dessa lista. Relacionar-se com Jesus é algo que muitas vezes esquecemos ou simplesmente deixamos para depois porque temos muitas tarefas e preocupações.

O intuito desse texto é tentar refletir sobre como estamos agindo atualmente e também fazer um contraponto com a proposta de Jesus Cristo, que é totalmente diferente da que vivemos atualmente. Quando analisamos o Evangelho e a caminhada de Jesus percebemos que os relacionamentos dele não tinham nada de superficiais.

A dimensão do amor de Jesus por nós pode ser ilustrada através do seguinte versículo:  “Não há amor maior do que dar a vida por aqueles a quem se ama” (João 15:13).

Este trecho do Evangelho de João retrata bem o quão radical é o amor de Jesus por nós. Ele não deseja nos chamar de servos, mas quer nos chamar de amigos. O que verdadeiros amigos fazem uns pelos outros? Eles amam, importam-se, não conseguem ficar muito tempo separados e têm um relacionamento de intimidade. Então quer dizer que Jesus tem a intenção de se tornar o meu melhor amigo? Exatamente!

Vamos ver o que Ele diz na continuação do trecho citado acima. ‘Vocês serão meus amigos, se fizerem o que eu lhes ordeno. Já não os chamo servos, porque o servo não sabe o que o seu senhor faz. Em vez disso, eu os tenho chamado amigos, porque tudo o que ouvi de meu Pai eu lhes tornei conhecido’ (João 15:14-15).

É interessante perceber que durante os capítulos 14 e 15 do Evangelho de João, Jesus ressalta a importância do amor ao Pai e ao próximo repetidas vezes. Somente no capítulo 15, Ele enfatiza em duas oportunidades o valor de um relacionamento íntimo entre nós.

“O meu mandamento é este: amem-se uns aos outros como eu os amei”. (João 15:12)

“Este é o meu mandamento: amem-se uns aos outros”. (João 15:17)

O convite que te faço, caro leitor, é o de examinar as Escrituras Sagradas para perceber o amor radical que Ele tem por nós, tão grande que foi capaz de abrir mão da própria vida. Mais do que isso, devemos ser discípulos de Jesus Cristo. Vale lembrar que discípulo é aquele que recebe a instrução e segue o exemplo de seu mentor. Para isso acontecer, no entanto, é preciso gastar tempo com o seu mestre, beber da sua fonte e absorver o máximo de conhecimento possível. Em tempos de tanta superficialidade, Jesus nos convida a tomarmos o caminho contrário e mostrarmos a verdadeira essência do ser humano: o amor radical por Deus e pelo próximo.

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