Como as telas estão matando os jovens

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Por Rob Hoskins

Não só estou fascinado com as tendências, acredito que possuem indicadores preditivos. Quando estudadas, essas tendências nos permitem prever as próximas áreas de necessidade e o potencial para oportunidades do ministério.

Eu li recentemente um relatório com evidências convincentes que mostram uma forte correlação entre o enorme tempo gasto a frente das telas (computadores, celulares, tablets, etc) entre adolescentes e aumento de depressão e tentativas de suicídio.

Esta tendência é particularmente alarmante porque o novo “normal” é realmente bastante anormal. É natural que essa geração de nativos digitais gaste em média de mais de 7 horas no mundo virtual diariamente apenas para fins de entretenimento – não incluindo a escola ou a lição de casa. No entanto, esse isolamento não deveria ser natural para o ser humano, pois Deus nos criou para estar em comunidade. Mais desconcertante sobre este relatório: os dois principais fatores que contribuem para o suicídio dos jovens são solidão e estresse, justamente as mentiras que as mídias sociais e as interações digitais estão colocando nas mentes de nossos jovens.

O que podemos fazer agora?

Embora o suicídio seja a segunda causa de morte entre os jovens em idade escolar, a conclusão é que o suicídio juvenil é evitável. Nossos estudos globais indicam que podemos combater esses sentimentos percebidos de estresse e solidão que levam a pensamentos e tentativas de suicídio, incentivando os jovens a se envolver em atividades que não sejam digitais, como esportes, lição de casa e atendimento a serviços religiosos, juntamente com fortes interações familiares e envolventes com a Palavra de Deus.

Nós, como modelos para eles, precisamos ter certeza de que estamos criando um bom exemplo para nossos filhos, limitando nosso tempo no mundo virtual, ficando ativos e buscando amizades e comunidades saudáveis. Ajustar o tempo de cada dia ou semana para passar o tempo livre de tela com nossos filhos ajudará a criar um espaço para discutir qualquer estresse ou preocupação que eles estão sentindo e ajudá-los a administrar suas amizades tanto dentro como fora da tela.

Lembre-se, quando se trata de redes sociais ou da internet, não há nada que seus filhos possam se envolver com o que você não tem acesso e uma compreensão. Crie regras para o uso da tela em sua casa e tenha discussões regulares com seus filhos sobre o que estão encontrando e como eles sempre podem vir até você, se eles tiverem experiências negativas ou encontrarem coisas que não entendem.

Telefones, tablets, computadores e televisões são um privilégio e não uma necessidade. Então, se sentir que os seus filhos estão a ser negativamente afetados por este tipo de tecnologias, não tenha medo de colocar limites rigorosos no seu uso ou não permitir o seu uso.

Em segundo lugar, como nossos filhos terão que aprender a navegar a tecnologia de uma maneira ou outra, precisamos ter certeza de que estamos a preenchê-las com verdades sobre quem elas estão em Jesus. Podemos fazer isso reforçando o que eles estão aprendendo na igreja ou grupo de adolescentes. Não é suficiente levar nossos filhos à igreja e achar que eles estão entendendo o que está sendo ensinado. Precisamos ajudá-los a navegar o que estão aprendendo sobre Jesus e fazer o nosso melhor para responder quaisquer dúvidas ou preocupações que tenham. Eles estão procurando respostas sobre quem eles são, e se não os ajudamos a encontrar as respostas em Jesus, eles tentarão encontrá-los em outro lugar.

Quando nossos filhos percebem que estão sozinhos, estão mal compreendidos ou sentem estresse por causa de suas interações nas redes sociais ou na internet, precisamos ajudá-los a encontrar a verdade e a esperança em Jesus. Armar-se regularmente com a Palavra de Deus e ajudar nossos filhos a navegar no mundo de tecnologia em constante mudança é um primeiro passo importante. Assim eles terão a percepção de que nunca estão sozinhos e podem lidar com qualquer coisa neste mundo com o auxílio de Jesus.

A tecnologia não é algo a temer, mas devemos nos informar sobre os benefícios, bem como os perigos de entrar no mundo online e ajudar nossos filhos a fazer o mesmo.

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